Mas, ao mesmo tempo, o corpo é história. Dito de um modo mais específico: no corpo se escreve a história de nossa vida, uma história de encontros e desencontros, de prazeres e dores, de perdas e uniões, de projetos e realizações.
A história de cada um tem uma trama que gira em torno de um argumento que a alma escolheu, uma rede consequente com que temos que aprender e por onde temos que caminhar. Em resumo, as relações são sua essência. Há uma lei a respeito: as relações terminam, mas os vínculos permanecem, e o fazem gravados no corpo. Assim, esse corpo histórico faz presente o que a memória se esquece, em seu espaço, pode-se ler a subjetividade feita de carne.
A história de cada um tem uma trama que gira em torno de um argumento que a alma escolheu, uma rede consequente com que temos que aprender e por onde temos que caminhar. Em resumo, as relações são sua essência. Há uma lei a respeito: as relações terminam, mas os vínculos permanecem, e o fazem gravados no corpo. Assim, esse corpo histórico faz presente o que a memória se esquece, em seu espaço, pode-se ler a subjetividade feita de carne.
Finalmente, o corpo é linguagem. O corpo fala e, às vezes, grita. Dizemos a maioria das coisas com o corpo. O corpo se inteira antes que a consciência das atrações e rejeições, dos conflitos e dos acordos, dos amores e desamores. E o que o corpo sabe, ele vai dizendo em seus movimentos, em suas formas, e em seus tons e cores, em seu padecer."
O corpo como território, história e linguagem em "O enigma da vagina" - Eduardo H Grecco (argentino, psicólogo e poeta)
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