terça-feira, 25 de março de 2008

FEMINILITUDE

"De uns tempos pra cá, perdi 10 quilos de massa muscular. E de massa não muscular também. Mas fato é que o meu corpo foi ficando mais leve, flexível, menos espaçoso. O corpo foi assumindo minha relação mais delicada com a vida, mais sensível e perceptiva. Eu não tenho mais que "chegar chegando". Não tenho mais que impor nada pela força bruta. Não tenho que disputar espaço. Não tenho que falar mais alto.

Cada vez menos quero provar coisas para os outros. E cada vez mais gosto de estar com os outros. Porque é uma delícia quando a gente começa a perceber o outro. É uma viagem. Uma descoberta. Já posso cruzar as pernas de um jeito que o meu pai achava feminino, já posso me espreguiçar de um jeito que eu mesmo achava feminino.

Também já posso olhar para as mulheres e ver amigas queridas, sem ter que me encaixar em modelos estigmatizados de relacionamento homem/mulher. E tenho um tesão ainda maior pelas mulheres. Acho todas lindas. Cada uma à sua maneira.

Longe dos rótulos e esteriótipos, eu vou dançando com a vida. Vou me surpreendendo com novos eus. E cada vez eu sei menos quem eu sou.
Não sou nada, nem ninguém.

Assim sou o que vem.

O ar só vira vento, se estiver em movimento. (...)"

Marcio, faz parte do grupo que se encontra mensalmente no Laboratório de Formatividade Tântrica da Companhia do Ser , e está se descobrindo totalmente a vontade dentro da sua feminilidade, que não tem nada a ver com sua sexualidade...

Namastê!

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