quinta-feira, 27 de março de 2008

Deixar...

“oi, queridas… Mada, Veet, Lili… será que tem um lugarzinho prá mim nesse ninho? já vou me aconchegando. esse tal jururu deve ser um passarinho meio estranho mesmo, encolhido, arrepiado…

….é assim que estou me sentido.um nadinha de nada. um nem sei mais o que sou. tento me ver e não me enxergo. ou melhor, não me reconheço.extremamente difícil de explicar, já que até as idéias e os argumentos estão passados. sinto uma angústia enorme. uma insatisfação. um medo de não conseguir crescer.

não tem nada em que segurar. não quero me segurar.posso deixar… vontade de chorar, vontade de correr, vontade de gritar, vontade de parir. de parir eu mesma de novo. virar do avesso. e de repente bate um silêncio, vontade de não fazer nada até mesmo de não ser.

estou como a olhar o mar da beirinha. a onda vem eleva a areia de baixo dos meus pés. parece que vou cair mas logo meus pés se afundam na areia nova.quando a forma de areia já está bem feitinha, outra onda vem e desmancha tudo novamente… minhas pernas as vezes firmam mas logo depois tremem muito também. quero entrar, mergulhar sem medo, mas ainda não consigo.
esse tanto de coisa nova acaba remexendo as antigas.deixar vir, deixar ir. mas ainda sinto as pernas tremerem.

beijos estremecidos, Carla (???)”

Carla A. (faz parte do grupo que se encontra mensalmente no Laboratório de Formatividade Tântrica da Companhia do Ser ,linda, forte e sensível).

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