sexta-feira, 24 de julho de 2009

Nossa reforma: mudanças, família

"Ai, ai, minha gente... hoje estou derretida. E essa chuvinha boa...

Acordei com aquela música na cabeça...

" o rio está fluindo,

fluindo e crescendo...

o rio está fluindo,

de volta pro mar..."



Oi, Din. Ontem te procurei, procurei...

Achei que estava muito quietinha, perguntei de você prá Paulinha na segunda, ontem prá Bruna, mas ninguém tinha notícias.

Pressenti que estava triste. Essa história de se ligar com as pessoas, nem sei como, mas acabo ficando perto mesmo que longe.

Sua mensagem e sua massagem bateram forte em mim.

Com essa mudança de casa fiquei pensando no que deveria deixar, no que deveria levar. Ótima fase para balanço. Senti muito a necessidade de limpar as teias antigas, caminhar mais leve. Está tão pesado carregar toda essa velharia... cascas, medos, apegos, dores, certezas e incertezas... afe! Que tralha é essa! No domingo, durante o curso, percebi minha barriga como uma caixinha que guarda dores agudas, antigas, viscerais e estranhas porque não são sentidas todos os dias. Estão lá bem escondidas e só pude ter contato com elas com o toque profundo da massagem. Ontem mesmo, uma dor tão forte na barriga que não consegui ir para o trabalho de manhã. Acho que estava com a expecativa de receber a compreensão e o apoio da família para esse novo momento mas novamente vou ter que caminhar sem contar com isso.

Então, melhor mesmo deixar o que já não me serve e levar disposição para construir o novo. Porque acredito que estamos erguendo novas possibilidades com todo esse compartilhar... Não teias para se enroscar, mas laços de carinho, de afeto, de amizade e confiança. Vínculos com responsabilidades. Um sonho que prá mim já foi plantado tempos atrás.

Sempre gosto muito de ler o que você escreve e fico feliz em saber que vai estar na casa juntinho com a gente!

Tenho aprendido muito contigo. Como você lida com sua feminilidade, com suas tristezas... E lembro dos seus olhos que são como um sorriso!... Com certeza é uma refêrencia importante para mim.

Esse fundinho de poço que você descreve é velho conhecido meu. Desde que comecei o trabalho com o Saa, no finalzinho de dezembro, não visitei mais esse lugar. Mas muitas vezes acho que ele está me

espreitando, a espera de um vacilo meu para poder me tragar. Agora mesmo estou dividida entre um sentimento muito forte de vontade de renovar, de construir, feliz com a mudança e um puta medo do desconhecido, junto com um aperto muito grande no coração com a reação negativa da minha família. Mas ainda assim não estou a caminho do poço e penso que é porque estou sentindo uma esperança e uma confiança muito grande, principalmente em mim mesma, de um jeito que nunca havia sentido antes. Capacidade de sustentar que está sendo aprendida junto com vocês.

Meus olhos agora estão chovendo de tamanha gratidão... por esse trabalho do Saananda... pela confiança... por todas essas mudanças... pelo convívio com esse grupo maravilhoso... pelo carinho de todos vocês.

Percebo meu peito se abrindo, meus braços querendo crescer, esticar, com vontade de abraçar todos de uma só vez e sentir aquele calorzinho, aquele aconchego gostoso...

beijos de muita, muita ternura,

Carla"

Do Laboratório de Formatividade Tântrica da Companhia do Ser .

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