sexta-feira, 24 de julho de 2009

Onde foi parar a luta?

Ontem assisti ao filme Milk - A voz da igualdade. O filme trata os últimos 8 anos da vida de Harvey Milk, que durante este período passa a se dedicar à militância dos direitos dos homossexuais. Sempre com humor e inteligência, Milk desafia àqueles que não apenas se incomodam pela exposição dos gays na vida pública, mas tornam-se intolerantes e criam formas legais e barreiras preconceituosas para tornar a opção sexual um pretexto que justifique lhes abdicar direitos civis.




















Fiquei pensando onde foi parar a vontade de lutar, reivindicar, expressar da nossa sociedade hoje. Nos últimos anos, com a globalização em pleno auge, crescendo exponencialmente através da tecnologia que derruba fronteiras geográficas e temporais; e a hegemonia capitalista/consumista como forma de viver a vida; tudo é absorvido pela própria globalização, por assim dizer. Sei bem, que o acesso às infomações e ao conhecimento, (e porque não à riqueza) são fruto da mesma moeda. Assim como o conforto e a resignação. O sentido da vida das pessoas deixa de ser questionar o modo de viver, o modelo de felicidade e as regras sociais. Morre se aos poucos, à cada não à sua espontaneidade, ao deixar de ser você mesmo... Passam a vida sem saber realmente quem são.






Por outro lado, grandes "lutadores" pelos direitos de minoritários, como Milk, ou mesmo questionadores sobre a ordem estabelecida, foram impedidos de continuar sua luta. John Lennon, Bob Marley, Martin Luther King, Osho, foram alguns cujo sentido da vida passou pela expressão de suas opiniões. E acender a chama do questionamento sobre a mediocridade da vida das pessoas. A revolução pela qual eles lutaram não utilizou-se de armas de fogo ou de violência. Suas grandes armas foram a inteligência, o humor, a arte, e o amor. Nada mais perigoso para a nossa sociedade. Gosto de pensar que suas passagens por aqui não foram em vão. Infelizmente, diferente da maior parte da nossa população.
Para pensar. E, quem sabe, agir.
um beijo
Saananda

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